domingo, 12 de abril de 2015

CÉLULA NA BACIA? COMO ASSIM?

QUANDO A PROFESSORA NÃO TEM RECURSOS, O IMPROVISO ALIADO AO CONHECIMENTO GERA UMA PRÁTICA CURIOSA E INTERESSANTE. DO LIMÃO FOI FEITA A LIMONADA!!!! PROFESSORA DÉBORA C. S. MACHRY



Gambá na escola?



Saiu esta semana dia 8 de abril, no jornal VS.

Vocação de professor ( 2ª parte)

 Texto Bióloga e Professora Débora Cristina Schilling Machry
O magistério não pode e não deve dar conta da saúde, da família, da falta de amor verdadeiro, da falta de diálogo franco entre pai e filho. Nosso projeto é evoluir e deixar evoluir o conhecimento dinâmico, científico para que nossos aprendizes julguem as melhores soluções para seus problemas do dia-a-dia, compreendendo suas limitações e investindo e novos olhares para a vida.  Não é possível ficar só na queixa e nos problemas, é necessário avançar.
 A escola precisa da ciência que avalia variáveis, testa suas hipóteses e cria alternativas de um mundo mais humano. Para isso é necessário estudar teorias, histórias, avaliar vivências, conhecer o mundo para nele agirmos. Assim é que devemos investir. Problemas sempre existirão. Não quer dizer que não devemos nos solidarizar. Devemos pedir ajuda e encaminhar para o profissional preparado as questões enigmáticas. A atuação em rede profissional, é a chave da educação não é responsabilidade apenas do professor. Na verdade nunca foi. Somos engrenagens na evolução de cada ser vivo. As diferentes profissões, comungando a respeito do mesmo problema encontram as soluções criativas, possíveis e viáveis.   
Os jovens passam a maior parte do tempo junto de suas famílias. Nas salas de aula, que são como nossos laboratórios, as diferentes realidades se chocam e é visível a dureza e o desamor da vida de muitos educandos. Estranhamente alguns jovens conseguem filtrar suas emoções e se entregam ao conhecimento. São pessoas que nos ensinam que a vida deve continuar. Não ficam valorizando suas mazelas em detrimento das novas e agradáveis vivências.
O amor não é um sentimento exclusivo da escola, deve estar em todos os lugares de convivência. O educador dá bons exemplos e educa através da teoria e prática.




Pense nisso, antes de sugerir uma solução para os problemas diários. Seja um bom exemplo, não critique tanto, procure cuidar de sua vida e se autoconhecer. Sendo humilde e respeitoso você se doa e a educação gera bons frutos. Assim a educação formal e informal será significativa para todos. Teremos mais pessoas felizes, que admiram o fato de estarem respirando, sentindo o calor na pele, apreciando um abraço afetuoso.  A alma fica mais leve, os problemas perdem seu valor e nossas aprendizagens continuam. Não temos medo de viver e nem congelamos diante dos problemas. Viva a vida intensamente que você não precisará se vingar nem brigar com ninguém, nem com você mesmo. Se auto conheça, erre, se perdoe e se aceite. Evolua e liberte-se.

Saiu no Jornal Vale dos Sinos desta semana dias 7 de abril, segunda-feira!

Vocação de professor ( 1ª parte)
Texto Bióloga e Professora Débora Cristina Schilling Machry
O professor é um educador que através das didáticas e pedagogia desenvolve seu trabalho, a fim de que o conhecimento adquirido nas redes intrincadas de grandes mestres teóricos e práticos (formais e informais) favoreça o autoconhecimento do seu ser e do seu aluno. Quem se conhece, sabe das suas necessidades e limitações. Sabe o que lhe deixa feliz e infeliz. Com isso sabe como tratar o outro, afinal só quem se ama verdadeiramente sabe como o amor é importante para o próximo. Só quem ama sabe o valor de ser ouvido, sabe que maltratar os animais dói, sabe que ignorar um idoso machuca, sabe que deixar o seu semelhante infeliz gera muita tristeza em cadeia.


Para ser professor se estuda muito e diariamente. Sou professora “do chão da escola” e por isso posso falar.
Educar é ocupar espaços e tempos dentro e fora da escola. Na educação formal os professores e alunos são seres humanos em primeiro lugar. Sujeitos a erros e acertos. Pessoas que procuram dar significados às novas descobertas e redescobertas.
Para haver fluência e sintonia integrada à cognição e afetividade é necessária a convivência familiar. É necessário o autoconhecimento.
O amor ao próximo e a humildade deve existir em todas as profissões, afinal foi assim e é assim que aprendemos. A educação formal necessita de bons exemplos da família, nas repartições públicas. O comportamento adequado e respeitoso deve dar lugar para a gestante ou idoso que estão de pé.
Na escola os educadores são profissionais que precisam ocupar seu lugar para que os objetivos e metas educacionais para os quais se formaram sejam atingidos. Os professores não são psiquiatras, nem psicólogos, nem pais, nem mães, enfermeiros e etc. Nossa missão já é bastante trabalhosa e não fizemos curso superior para estas profissões. Muitos de nós já têm seus filhos.
Na área dos profissionais da saúde por exemplo, a população compreende que hipóteses sem exames clínicos são apenas intuição. No tratamento do paciente  pressentimentos não trazem diagnósticos verdadeiros por isso muitas vezes são ignorados.

Na vocação do cientista professor (todas as ciências utilizam o método científico) não é diferente. Muitas variáveis são relevantes quando ministramos nossas aulas ( fome, abandono, inclusão e etc).
 Nossa postura profissional possui limites, pois a educação “de casa” deve vir de casa, a higiene básica deve ser aprendida com a família. Precisamos filtrar “palpites” de quem escolheu outras carreiras, precisamos ouvir, mas refletir a respeito e não permitir que nossos objetivos pedagógicos sejam modificados por hipóteses não testadas antes.