“Cair a ficha”( parte 1)
Autora:Bióloga Débora Cristina Schilling Machry
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Dipladênia- Débora Machry |
Na sala de aula ou fora dela a educação formal pode ser criativa. Estamos sempre aprendendo e somos desafiados para isto. Muitas vezes é mais fácil ficar na situação mais cômoda do que ousar. As vivências diárias nos dão experiências doloridas, alegres, emocionantes ou não, algumas únicas e outras para serem esquecidas para sempre. Assim vamos nos educando e acostumando com as circunstâncias. Algumas pessoas são inquietas e estão sempre insatisfeitas com o que têm ou são. Outras são acomodadas mas não inertes aos fatos que as incomodam. Mais seja aquele que é acomodado ou o insatisfeito uma coisa em comum ambos possuem quando querem mutar: é preciso “deixar cair a ficha” dentro de si para conectar os sentimentos às suas ações-reflexões-ações. Nossa energia vital circula dentro e fora de nós. Os espaços que ocupamos são locais que mudamos significativamente com nossa força, conhecimento e dedicação. As pessoas que alteram suas resistências, precisam ter coragem e querer transformar suas realidades nos aspectos em que necessitam desacomodar seus conceitos e pré-conceitos. A mudança deve vir de dentro para fora. Na sala de aula, por exemplo, não basta só o aluno ou só professor terem a vontade de mudar. É necessário o estudante acreditar que o conhecimento irá fazer diferença em sua vida e ao professor desenvolver seu trabalho com paciência, mas também pulso firme a fim de atingir com os alunos os objetivos previstos para as descobertas e redescobertas planejadas para a vida de ambos. Sim, porque o professor também aprende! Os aprendizes devem saber o que e como serão trabalhados os objetivos gerais e específicos programados para potencializar suas aprendizagens, afinal estamos tratando de suas vidas. Cabe também ao educando opinar e estudar, fazer suas tarefas com dedicação. Ao educador cabe a mediação de conhecimentos e conflitos mentais que podem se refletir nas mudanças comportamentais na escola e ambiente. A família é fundamental neste processo de mudanças. Nela o jovem se inter-relaciona intimamente. A escola tem influência até certo ponto nas transformações sociais. A expressão: “A educação vem de berço” é real, por exemplo, quando vejo um estudante que cumprimenta os funcionários da escola com respeito, ou um aprendiz que se predispõe a ajudar com carinho outro colega. Esta pessoa tem um responsável que dá estes exemplos em seu lar. Nada é por acaso. A avaliação qualitativa e quantitativa são fundamentais para as paradas durante a nossa evolução educacional, para percebermos em que estamos avançando, em que podemos melhorar e saber ouvir as sugestões para nos aperfeiçoarmos é fundamental.
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Núcleo de uma célula animal feita de sucata aula prática com Débora Machry |
Também é verdade que, sintonia, acordo mútuo para resolver as diferenças e conflituar nossas crenças para desacomodar o que já estava acomodado causa dor, desconforto, irritabilidade, estresse e etc. A natureza está sempre evoluindo, a passos lentos, há bilhões de anos. Não temos bilhões de anos, mas temos bilhões de segundos para tentar. Aproveite os momentos que lhe fazem deixar “ cair a ficha”, não se faça de desentendido ou que não é com você. Avalie e reavalie , vá para frente e para trás, mas avance para ser feliz. Esta é a nossa meta de vida!
Na escola da vida, a criatividade é fundamental para circular nossa eficácia. Algumas pessoas vivem muito bem com suas posturas clássicas. Sabem como viver com o diferente, mas não abrem mão de certas atitudes cruciais como respeito, solidariedade e amor próprio. Dizem que moda é coisa tão feia que sempre muda, de certa maneira esta sentença tem suas veracidades. Afinal, certos comportamentos nunca caem de “moda” como ser tolerante, ser consciente, ser esforçado, ser piedoso consigo e com os outros, ser agradecido por tudo que você é... Na vida não dá para trocar o guarda-roupa a cada estação, como acontece com os consumistas. Na nossa biografia, o que realmente são nossos exemplos e não bens de consumo. Por isso a capacidade criadora deve nos fazer melhorar como pessoas que criticam mas sempre com alguma ideia de alterações para sugerir. Quem só aponta os erros e não dá alternativas pode estar apenas incomodado porque você o fez deixar cair a sua ficha. Avalie as críticas, aprenda com elas e pense se não se trata de mais um “modismo ou inveja por você ser feliz”! Aprenda a se conhecer e preste atenção nos seus sentimentos. Muitas vezes não nos damos o valor necessário ou o inverso também pode atrapalhar (quando somos presunçosos). Tudo faz mal quando tem exageros. Até a água que devemos beber, para o bom funcionamento corpóreo em excesso causa desconforto, enfermidade e até a morte para quem não pode bebê-la à vontade. A água gera vida dos seres vivos, nossas células estão repletas deste líquido precioso. Comparando com nossa existência, todos descomedimentos são ruins. A moda é você quem faz pois quem sabe escolher seu estilo consegue combinar paz interior com conflitos. Sabe se administrar porque sabe valorizar-se e também ao outro. Evolua, deixe “cair as fichas” mas viva plenamente, se aceite como você é e transforme aquilo que é desagradável, primeiramente para você.