Educação é suficiente?!
Autora Bióloga e Professora Débora Cristina Schilling Machry
Educação é suficiente desde que haja espaço em nossa vida para o amor, para a paciência, para o respeito e gratidão recebidos através dela. Não podemos pensar em autoeducação sem perdão. Quem nunca experimentou viver a felicidade e a “saboreou”, dificilmente a verá nos pequenos momentos diários. Educar, é construção gradual de relações intrincadas .
A educação se aprimora com momentos de divergências, de “bagunça”, de movimento, de silêncio e de olhares. Avaliações são necessárias e nos envolvem cada vez em nossa vida. A evolução é consequência necessária no e para o autoconhecimento. Rever vivências para aprimorar-se, avaliar para comprometer-se de corpo e alma e viver intensamente. Ter consideração pelo seu semelhante é um passo relevante para a coexistência pacífica interior e coletiva.
Só a educação garante o desenvolvimento integrado (corpo e mente sã). Instruir-se limita comportamentos e ações devido ao nosso livre arbítrio. O nosso próprio cérebro pode nos boicotar. A preguiça, a falta de planejamento nos impede de enxergar nossas metas reais e possíveis. Não devemos nos punir por curtirmos aqueles momentos eventuais de preguiça. A ansiedade, a inveja, a cobiça, a luxúria são fraquezas humanas que devem ser combatidas diariamente de nossa alma.
Ao agradecer o que a vida nos dá habitualmente, nos permitimos ver os gestos e palavras que aumentam nossa estima.
Assim, nos vendo com olhar de amor, porque agimos com zelo e compaixão consigo e com os outros, atraímos bons sentimentos para os nossos grupos de convívio social. O resultado desde cálculo psicoemocional é paz, afeto, alegria, harmonia e educação para com o planeta, que sofre com a maldade e covardia nos seus rios, florestas, ar e mares. A natureza não tem culpa com nossa falta de pureza, de bons exemplos e amor próprio.
A família tem uma responsabilidade muito grande para conduzir comportamentos de gentileza e carinho. Cuidar exige tratamento com limites. Atualmente o círculo familiar não conversa, não está mais envolvido com as amabilidades e delicadezas tão necessárias para compensar a falta de cavalheirismos e diálogos, fundamentais para os bons exemplos a serem seguidos. A falta de ética e companheirismo nos afasta inclusive na sala de aula. Ser professor hoje em dia é tarefa árdua. A profissão não é valorizada pela sua função social. Ser professor é vocação e por isso não há como automatizar ações. Cada pessoa é uma pessoa e por isso deve ser valorizada. Cada um de nós é uma caixinha de surpresas, que precisa cautela para ser aberta. Algumas delas vêm embaladas em papel delicado, outras vêm com embrulho maltratado e outras bem novinhas, mas vêm cheias de arranhões e sujeira. Na sala de aula precisamos ter paciência, abordagens firmes em consenso com o trabalho coletivo da escola, das famílias e da sociedade, caso contrário a “terra da educação” fica sem lei e as salas de aula se transformam em espaços de falta de interesse, de atenção, de falta de educação!
Valorize o seu professor!