domingo, 12 de abril de 2015

Saiu no Jornal Vale dos Sinos desta semana dias 7 de abril, segunda-feira!

Vocação de professor ( 1ª parte)
Texto Bióloga e Professora Débora Cristina Schilling Machry
O professor é um educador que através das didáticas e pedagogia desenvolve seu trabalho, a fim de que o conhecimento adquirido nas redes intrincadas de grandes mestres teóricos e práticos (formais e informais) favoreça o autoconhecimento do seu ser e do seu aluno. Quem se conhece, sabe das suas necessidades e limitações. Sabe o que lhe deixa feliz e infeliz. Com isso sabe como tratar o outro, afinal só quem se ama verdadeiramente sabe como o amor é importante para o próximo. Só quem ama sabe o valor de ser ouvido, sabe que maltratar os animais dói, sabe que ignorar um idoso machuca, sabe que deixar o seu semelhante infeliz gera muita tristeza em cadeia.


Para ser professor se estuda muito e diariamente. Sou professora “do chão da escola” e por isso posso falar.
Educar é ocupar espaços e tempos dentro e fora da escola. Na educação formal os professores e alunos são seres humanos em primeiro lugar. Sujeitos a erros e acertos. Pessoas que procuram dar significados às novas descobertas e redescobertas.
Para haver fluência e sintonia integrada à cognição e afetividade é necessária a convivência familiar. É necessário o autoconhecimento.
O amor ao próximo e a humildade deve existir em todas as profissões, afinal foi assim e é assim que aprendemos. A educação formal necessita de bons exemplos da família, nas repartições públicas. O comportamento adequado e respeitoso deve dar lugar para a gestante ou idoso que estão de pé.
Na escola os educadores são profissionais que precisam ocupar seu lugar para que os objetivos e metas educacionais para os quais se formaram sejam atingidos. Os professores não são psiquiatras, nem psicólogos, nem pais, nem mães, enfermeiros e etc. Nossa missão já é bastante trabalhosa e não fizemos curso superior para estas profissões. Muitos de nós já têm seus filhos.
Na área dos profissionais da saúde por exemplo, a população compreende que hipóteses sem exames clínicos são apenas intuição. No tratamento do paciente  pressentimentos não trazem diagnósticos verdadeiros por isso muitas vezes são ignorados.

Na vocação do cientista professor (todas as ciências utilizam o método científico) não é diferente. Muitas variáveis são relevantes quando ministramos nossas aulas ( fome, abandono, inclusão e etc).
 Nossa postura profissional possui limites, pois a educação “de casa” deve vir de casa, a higiene básica deve ser aprendida com a família. Precisamos filtrar “palpites” de quem escolheu outras carreiras, precisamos ouvir, mas refletir a respeito e não permitir que nossos objetivos pedagógicos sejam modificados por hipóteses não testadas antes. 

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