segunda-feira, 26 de maio de 2025

“O AÇÚCAR QUE APAGA MEMÓRIAS”

— “O AÇÚCAR QUE APAGA MEMÓRIAS” 






Título: O Açúcar que Apaga Memórias: uma reflexão urgente sobre saúde e natureza

Subtítulo: Quando o alimento deixa de nutrir a mente,

plantar pode ser a cura que floresce do chão.


Por Débora Cristina Schilling Machry


Você já se perguntou se a comida que colocamos no prato todos os dias

pode estar adoecendo nossa mente?

Essa dúvida me acompanha há tempos, especialmente ao ver pessoas queridas

enfrentando o lento e doloroso

esquecimento das demências, como o Alzheimer.

Foi aí que comecei a investigar o que a ciência já mostra: a relação

direta entre o consumo

excessivo de carboidratos refinados e o adoecimento do cérebro.


Doces, pães brancos, refrigerantes e bolachas não alimentam —

inflamam. Com o passar dos anos,

o excesso de açúcar no sangue afeta a maneira como o cérebro utiliza energia,

tornando-o resistente à insulina. É nesse ponto que muitos especialistas

começaram a chamar

o Alzheimer de “diabetes tipo 3”.


Mas se há uma forma de adoecer pelo alimento, também há um caminho de cura.

E para mim, esse caminho começa com uma escolha simples,

profunda e transformadora: plantar.


Plantar como ato de resistência. Plantar como projeto de vida.

Plantar como pedagogia da sustentabilidade.

Em minha trajetória com estudantes e comunidades, construímos hortas em escolas,

compostagens com vasos, com recicláveis e até fornos solares.

O objetivo não é apenas produzir alimentos,

mas gerar consciência. Uma consciência que conecta a saúde do

planeta com a saúde mental de cada um de nós.


Plantar é um gesto de cuidado com o corpo e com o futuro.

Ensina a esperar, a se conectar

com o tempo natural das coisas. Nos chama de volta para o essencial,

para o que cura de verdade.


Em tempos de pressa e consumo, talvez o que nossas mentes estejam

implorando seja exatamente isso:

mais tempo, mais natureza, mais alimento vivo. E menos açúcar.


Artigo 2


Título: Demência e Diabetes Tipo 3: como o cérebro nos pede

para voltar à terra

Subtítulo: O que a ciência revela e o que a educação pode transformar.


Por Débora Cristina Schilling Machry


Existe uma conexão poderosa — e perigosa — entre o que

comemos e como lembramos.

Nos últimos anos, estudos científicos vêm apontando algo que talvez

você nunca tenha ouvido:

o Alzheimer, a mais comum das demências, está sendo chamado de “diabetes tipo 3”.


Esse termo impactante revela o que acontece quando o cérebro é exposto

ao excesso de açúcar

e carboidratos ao longo de décadas. Ele passa a resistir à insulina,

perde a capacidade

de transformar a glicose em energia e, aos poucos,

as conexões neuronais vão se apagando.

A memória some, a atenção falha, a personalidade muda.


Como educadora, não posso assistir a isso de braços cruzados.

Por isso, proponho uma resposta que nasce da terra: plantar.

Plantar com os estudantes, com a comunidade, com os pequenos e os grandes.

Plantar como projeto de aprendizagem, de reconstrução alimentar,

de sustentabilidade

e de transformação socioambiental.


Quando construímos hortas pedagógicas e discutimos a composição dos alimentos,

estamos também protegendo o futuro da nossa saúde mental.

Quando plantamos, reaprendemos

o tempo da espera, da paciência, da conexão com o natural.

E isso, por si só, é terapêutico.


Ao tocar a terra, reduzimos o estresse. Ao cultivar o próprio alimento, diminuímos a

dependência dos ultraprocessados. Ao cozinhar com o que colhemos, resgatamos

o vínculo com o que é real.


Enquanto o mundo corre, eu escolho plantar. Porque plantar é lembrar que há

um jeito diferente de viver. E ele começa na raiz.


Artigo 3 —


Título: Plantar para Lembrar: quando o futuro da memória nasce no presente da terra

Subtítulo: Entre a crise climática e o adoecimento mental,

plantar se torna um gesto urgente.


Por Débora Cristina Schilling Machry


Vivemos tempos de esquecimento. Não só nas mentes afetadas pelo Alzheimer

ou outras demências, mas no cotidiano de uma sociedade que esquece

o valor do alimento simples,

o cheiro da terra, o tempo das estações. Esquecemos de cuidar. Esquecemos de nós.


A ciência tem gritado: há uma ligação entre o excesso de açúcar e

o colapso das funções cerebrais.

O Alzheimer vem sendo descrito como “diabetes tipo 3”,

resultado de décadas de alimentação

desequilibrada, empacotada e aditivada. Mas há um caminho de volta.

E esse caminho é fértil.


Escolho, todos os dias, plantar. Com meus estudantes, com famílias,

com parceiros de aprendizagem.

Plantar como projeto pedagógico, como resistência ambiental, como ato de saúde coletiva.

Em hortas escolares, minhocários, oficinas com cascas e sementes,

fornos solares e rodas de conversa,

vejo brotar algo raro: sentido.


Plantar nos faz lembrar do essencial. Nos reconecta com a vida.

Nos educa para a sustentabilidade

verdadeira, aquela que nasce da prática, do afeto, da repetição cotidiana.

E que, mesmo silenciosa, transforma.


Se o esquecimento é o mal do século, talvez a terra nos ensine a lembrar.

Porque enquanto houver solo fértil e mãos dispostas, haverá futuro.

E eu sigo, com esperança, semeando memória.





Reaproveitar é Plantar Possibilidades: Um Frasco, Um Crochê, Muitas Profissões

Reaproveitar é Plantar Possibilidades: Um Frasco, Um Crochê, Muitas Profissões

Por MS Débora Cristina Schilling Machry 


Sabe aquele frasco de sabão líquido que normalmente vai direto

para o lixo ou,

com sorte, para a reciclagem? Pois é.

Eu resolvi dar um novo destino a um desses

frascos, e essa experiência virou mais do que apenas um momento criativo:

virou uma potente aula de educação socioambiental,

cultural e inclusiva.

Recortei o frasco com cuidado, fiz furos com um ferro de solda

usei sobras de cordão e linhas de malha para fazer crochê ao redor da estrutura plástica.

Nasceu dali uma peça artesanal única, que não só evitou que mais um resíduo fosse

descartado, mas também serviu como inspiração para mostrar aos meus alunos que

reaproveitar é muito mais do que economizar: é valorizar.


Através dessa prática simples, ensino que os objetos carregam um "luxo invisível" –

o de serem matéria-prima para a criação de algo novo.

Como educadora, acredito que pequenas ações, como transformar lixo em arte,

plantam sementes que podem germinar em várias direções. E quem sabe quais frutos

podem nascer dessas ideias?


Aqui estão cinco possibilidades reais que um trabalho como esse pode despertar:


Artesanato Sustentável: A confecção de peças artesanais a partir de materiais

reaproveitados pode se tornar uma fonte de renda.

Design de Produto Reciclado: O desenvolvimento de objetos criativos e funcionais

estimula o pensamento de design sustentável.

Moda Sustentável: O uso de linhas de malha e reaproveitamento de tecidos e

cordões se conecta com práticas modernas de upcycling (é uma forma de 

reutilização criativa de materiais e produtos que seriam descartados, 

transformando-os em algo novo e, muitas vezes, de maior valor).

Educação Ambiental Comunitária: Alunos podem replicar o aprendizado em suas

comunidades, promovendo oficinas e criando redes locais de conscientização.

Empreendedorismo Criativo: Surgem ideias de pequenos negócios ligados à

sustentabilidade e à valorização cultural. 


No contexto do Dia Mundial do Meio Ambiente, que celebramos em 5 de junho,

essas ações ganham ainda mais significado.

É um momento para refletirmos sobre o que estamos fazendo com os recursos que temos –

e como podemos transformar consumo em consciência.


A educação socioambiental que pratico em sala de aula não é apenas um conteúdo de currículo,

mas um compromisso com uma formação ética e sensível à realidade dos estudantes.

Muitos vêm de contextos onde o descarte é o único destino possível dos objetos.

Mostrar que algo "sem valor" pode virar beleza e função é também

devolver autoestima e perspectiva.


Inspirada pelo pensamento de Fritjof Capra, acredito que:

“A sustentabilidade não é uma questão de deixar de fazer algo,

mas de fazer algo de maneira diferente.”


E é exatamente isso que proponho com este reaproveitamento:

não parar de consumir, mas consumir com consciência, com criatividade,

com respeito à natureza e à cultura.


Capra também nos lembra que:


“A educação deve ajudar as pessoas a viverem de maneira sustentável.”


Por isso, cada aula é um convite para pensar, transformar, criar.

É uma sala de aula que também é ateliê, oficina, campo de experimentação.

“A teia da vida mostra que tudo está interligado, e que nossas ações,

por menores que pareçam, têm impacto no todo.” — Fritjof Capra


Ensinar a fazer crochê com reaproveitamento de frascos não é só

ensinar um ponto decorativo – é ensinar a ver valor onde antes só havia lixo.

É construir dignidade com as mãos, com afeto, com tempo.

É uma aula que carrega memória, saberes e possibilidades.


Termino deixando um convite: olhe para os objetos ao seu redor.

Quais deles podem ser transformados?

Quais ideias você pode plantar hoje, para colher um amanhã mais justo, habitável e belo?