— “O AÇÚCAR QUE APAGA MEMÓRIAS”
Título: O Açúcar que Apaga Memórias: uma reflexão urgente sobre saúde e natureza
Subtítulo: Quando o alimento deixa de nutrir a mente,
plantar pode ser a cura que floresce do chão.
Por Débora Cristina Schilling Machry
Você já se perguntou se a comida que colocamos no prato todos os dias
pode estar adoecendo nossa mente?
Essa dúvida me acompanha há tempos, especialmente ao ver pessoas queridas
enfrentando o lento e doloroso
esquecimento das demências, como o Alzheimer.
Foi aí que comecei a investigar o que a ciência já mostra: a relação
direta entre o consumo
excessivo de carboidratos refinados e o adoecimento do cérebro.
Doces, pães brancos, refrigerantes e bolachas não alimentam —
inflamam. Com o passar dos anos,
o excesso de açúcar no sangue afeta a maneira como o cérebro utiliza energia,
tornando-o resistente à insulina. É nesse ponto que muitos especialistas
começaram a chamar
o Alzheimer de “diabetes tipo 3”.
Mas se há uma forma de adoecer pelo alimento, também há um caminho de cura.
E para mim, esse caminho começa com uma escolha simples,
profunda e transformadora: plantar.
Plantar como ato de resistência. Plantar como projeto de vida.
Plantar como pedagogia da sustentabilidade.
Em minha trajetória com estudantes e comunidades, construímos hortas em escolas,
compostagens com vasos, com recicláveis e até fornos solares.
O objetivo não é apenas produzir alimentos,
mas gerar consciência. Uma consciência que conecta a saúde do
planeta com a saúde mental de cada um de nós.
Plantar é um gesto de cuidado com o corpo e com o futuro.
Ensina a esperar, a se conectar
com o tempo natural das coisas. Nos chama de volta para o essencial,
para o que cura de verdade.
Em tempos de pressa e consumo, talvez o que nossas mentes estejam
implorando seja exatamente isso:
mais tempo, mais natureza, mais alimento vivo. E menos açúcar.
Artigo 2
Título: Demência e Diabetes Tipo 3: como o cérebro nos pede
para voltar à terra
Subtítulo: O que a ciência revela e o que a educação pode transformar.
Por Débora Cristina Schilling Machry
Existe uma conexão poderosa — e perigosa — entre o que
comemos e como lembramos.
Nos últimos anos, estudos científicos vêm apontando algo que talvez
você nunca tenha ouvido:
o Alzheimer, a mais comum das demências, está sendo chamado de “diabetes tipo 3”.
Esse termo impactante revela o que acontece quando o cérebro é exposto
ao excesso de açúcar
e carboidratos ao longo de décadas. Ele passa a resistir à insulina,
perde a capacidade
de transformar a glicose em energia e, aos poucos,
as conexões neuronais vão se apagando.
A memória some, a atenção falha, a personalidade muda.
Como educadora, não posso assistir a isso de braços cruzados.
Por isso, proponho uma resposta que nasce da terra: plantar.
Plantar com os estudantes, com a comunidade, com os pequenos e os grandes.
Plantar como projeto de aprendizagem, de reconstrução alimentar,
de sustentabilidade
e de transformação socioambiental.
Quando construímos hortas pedagógicas e discutimos a composição dos alimentos,
estamos também protegendo o futuro da nossa saúde mental.
Quando plantamos, reaprendemos
o tempo da espera, da paciência, da conexão com o natural.
E isso, por si só, é terapêutico.
Ao tocar a terra, reduzimos o estresse. Ao cultivar o próprio alimento, diminuímos a
dependência dos ultraprocessados. Ao cozinhar com o que colhemos, resgatamos
o vínculo com o que é real.
Enquanto o mundo corre, eu escolho plantar. Porque plantar é lembrar que há
um jeito diferente de viver. E ele começa na raiz.
Artigo 3 —
Título: Plantar para Lembrar: quando o futuro da memória nasce no presente da terra
Subtítulo: Entre a crise climática e o adoecimento mental,
plantar se torna um gesto urgente.
Por Débora Cristina Schilling Machry
Vivemos tempos de esquecimento. Não só nas mentes afetadas pelo Alzheimer
ou outras demências, mas no cotidiano de uma sociedade que esquece
o valor do alimento simples,
o cheiro da terra, o tempo das estações. Esquecemos de cuidar. Esquecemos de nós.
A ciência tem gritado: há uma ligação entre o excesso de açúcar e
o colapso das funções cerebrais.
O Alzheimer vem sendo descrito como “diabetes tipo 3”,
resultado de décadas de alimentação
desequilibrada, empacotada e aditivada. Mas há um caminho de volta.
E esse caminho é fértil.
Escolho, todos os dias, plantar. Com meus estudantes, com famílias,
com parceiros de aprendizagem.
Plantar como projeto pedagógico, como resistência ambiental, como ato de saúde coletiva.
Em hortas escolares, minhocários, oficinas com cascas e sementes,
fornos solares e rodas de conversa,
vejo brotar algo raro: sentido.
Plantar nos faz lembrar do essencial. Nos reconecta com a vida.
Nos educa para a sustentabilidade
verdadeira, aquela que nasce da prática, do afeto, da repetição cotidiana.
E que, mesmo silenciosa, transforma.
Se o esquecimento é o mal do século, talvez a terra nos ensine a lembrar.
Porque enquanto houver solo fértil e mãos dispostas, haverá futuro.
E eu sigo, com esperança, semeando memória.
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