Diário de Ciências: Caderno de campo virtual VIDEO AULA 2

Mostra dos Monstros!

Sala temática de Ciências

Escola Barão do Rio Branco cria projeto sobre o corpo humano usando sucatas

Memórias de Professora

“Há poucos dias, trabalhei sexualidade em sala de aula. Era uma turma de oitavo ano com jovens que estavam muito curiosos sobre esta fase da sua vida. Quando ministro esta aula, o silêncio impera. Pode cair um alfinete que nós escutamos, tamanho é o interesse dos jovens sobre o tema.

Expliquei para eles o que significava a puberdade, apresentei as glândulas responsáveis por tanta bagunça no seu organismo e falei que o amor é diferente da paixão. O amor limpa as fraldas, o amor não abandona a parceira(o) por qualquer motivo. Já a paixão, pode ser hoje por uma pessoa e amanhã por outra. Ela é muito boa de sentir, mas também pode ser traiçoeira. 

A risada foi geral, todos se identificaram e disseram que é assim mesmo. 

Nesta turma, eu tenho um aluno muito quieto que pouco se manifesta. E aí que foi a minha surpresa, quando no final da aula, ele esperou todo mundo sair para me dizer: Professora quando eu tiver uma namorada, eu vou trazer ela para lhe conhecer, e para a senhora falar com ela. Foi muito importante tudo que a senhora ensinou. Meus pais nunca diriam isso para mim. 

Com isso, fiquei orgulhosa. Afinal, a aula teve cunho multiplicador.” 

Debora Machry, professora de ciências  - São Leopoldo (RS)

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Alunos de São Leopoldo criam órgãos do corpo humano com material reciclável

Viver é reciclar

Recicladores que ensinam

Viver é reciclar

Autora do artigo: Bióloga e Professora Débora Cristina Schilling Machry

Para evoluirmos precisamos reciclar novas ideias, novos comportamentos e exemplos a serem seguidos. Na maioria das vezes não estamos sempre certos, pelo contrário tentamos acertar, mas o orgulho não nos deixa por vezes enxergar o que seria a melhor solução para os problemas. Na natureza os animais ,as plantas, os fungos e protozoários estão constantemente renovando a matéria com que foi utilizado por cadáveres que deixaram sua marca enquanto viveram. Os sais minerais que resultam com a produção de húmus são utilizados pelas plantas para fonte de novos alimentos e consequentemente energia para outros seres vivos. Estamos aqui de passagem, precisamos lembrar disso em todas as vezes que somos egoístas e não temos empatia pela causa do outro. Nós somos animais, e também seremos reciclados um dia. Nossas ideias serão utilizadas ou não? Nossos exemplos serão seguidos? Ou seremos esquecidos após o sepultamento? Daí você pode dizer, não estou nem aí para o que vem depois. Não é bem assim ,pessoas que você ama também estão esperando algo de você e daí,o que você tem a oferecer em vida e após a vida? Sempre lembro que, só faz mal para a natureza e para os outros quem está desequilibrado internamente, porque maltrata o mais fraco e menos preparado. Isso é covardia! Comece dentro da sua casa e separe seu lixo nos resíduos sólidos e nos resíduos orgânicos, plante a sua horta, cuide das suas flores, converse com seus pais,, ame seu companheiro. Não obrigue ninguém a fazer aquilo que não quer, deixe ir se esta for a alternativa. Todas as vivências tem o seu momento certo para acontecerem, é necessário fazer o bem, para termos bons merecimentos.

Educar é salvar vidas, professor!

Autora do artigo Débora Cristina schilling Machry

O cirurgião é um médico seguro de si  que salva vidas. Ele opera e cura as doenças do corpo. Os bombeiros, nos momentos mais difíceis também atendem chamados de socorro para salvaguardar a vida de quem estava correndo risco de morte. Assim eu também poderia lembrar da  enfermeira,do oncologista,do pediatra e etc que também resguardam a vida.Mas e o professor, também pode proteger a vida e conservar a liberdade nas aprendizagens? Todos os alunos vêm com conhecimento de sua realidade e todo professor que se preze sempre considera suas vivências para o planejamento de novos ensinamentos formais. Por mais que um professor faça práticas  fora da sala de aula, a maior parte do seu tempo é dentro de quatro paredes. Em muitas profissões o Sol brilha por dias, mas na profissão de docente ficamos muitas vezes sem ver o sol. Ninguém fica sem a luz solar de propósito,é uma questão de missão de acreditar que o outro é capaz de modificar sua realidade e por ela ser responsável. Ser professor é tarefa escolhida para poucos,  não é qualquer um que salva vidas, usando material escolar, muito estudo e liberdade responsável para escolhas competentes. Mas o professor sabe que ele faz diferença onde está e por isso vale a pena. Ministrar aulas significa muito mais que dar o conteúdo, significa lidar com a falta de recursos, conviver com estudantes abandonados por seus familiares, administrar a violência na sala de aula e acima de tudo significa criar empatia no outro para que ele faça a diferença na comunidade com afeto e compreensão. Cientes de que podemos errar , mas que sempre haverão oportunidades para consertar o erro e assim evoluir internamente e socioambientalmente. Não é fácil não, muitos professores estão doentes porque são muitos problemas que a escola tem que dar conta e que não são dela. Então por que os docentes insistem em ficar nessas condições insalubres? Por que para salvar vidas da ignorância é necessário ficar onde nem sempre bate o sol. Apenas o conhecimento garante a liberdade. Parabéns para todos nós mestres da vida.