“Há poucos dias, trabalhei sexualidade em sala de aula. Era uma turma de oitavo ano com jovens que estavam muito curiosos sobre esta fase da sua vida. Quando ministro esta aula, o silêncio impera. Pode cair um alfinete que nós escutamos, tamanho é o interesse dos jovens sobre o tema.
Expliquei para eles o que significava a puberdade, apresentei as glândulas responsáveis por tanta bagunça no seu organismo e falei que o amor é diferente da paixão. O amor limpa as fraldas, o amor não abandona a parceira(o) por qualquer motivo. Já a paixão, pode ser hoje por uma pessoa e amanhã por outra. Ela é muito boa de sentir, mas também pode ser traiçoeira.
A risada foi geral, todos se identificaram e disseram que é assim mesmo.
Nesta turma, eu tenho um aluno muito quieto que pouco se manifesta. E aí que foi a minha surpresa, quando no final da aula, ele esperou todo mundo sair para me dizer: Professora quando eu tiver uma namorada, eu vou trazer ela para lhe conhecer, e para a senhora falar com ela. Foi muito importante tudo que a senhora ensinou. Meus pais nunca diriam isso para mim.
Com isso, fiquei orgulhosa. Afinal, a aula teve cunho multiplicador.”
Debora Machry, professora de ciências - São Leopoldo (RS)
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