A curiosidade para
qualidade de vida
Autora: Professora e Bióloga
Débora Cristina Schilling Machry
Nascemos curiosos. Tudo ao nosso
entorno é novidade. O “novo” por vezes é instigador e provocante, mas também
podemos congelar diante do que não conhecemos. Naturalmente somos investigadores. Usamos
nossos cinco sentidos para “se inundar na realidade”!
Atualmente, nós e nossos descendentes estão sendo privados da
curiosidade. Parte por que os resultados já vem prontos, afinal não temos muito
tempo para desvendar os enigmas da busca por respostas. Então por conta do
escasso “tempo de relógio”, causado por nossos afazeres rotineiros esquecemos
que um dia também fomos curiosos. Nem nos damos conta que ao privarmos o outro
de sentir o prazer da descoberta ou mesmo da redescoberta estamos menos
críticos.
Basta analisarmos as barbaridades
e absurdos que nossos políticos eleitos têm feito em nosso país. Nosso planeta
está enfermo, nossas águas estão cheias de resíduo sólido por conta de que não
fizemos nossa parte esperando pelos outros. Estamos nos envenenando
diariamente, mas não temos tempo para pensar. Precisamos comprar cada vez mais
para chegarmos cansados, olhar mais comerciais na frente da televisão, perceber
o quanto precisamos adquirir por que com o que temos não podemos ser felizes.
Mas como? Quando converso com as
crianças sobre o que está acontecendo com o ambiente elas têm clareza do que e
como devemos agir para que tenhamos mais qualidade de vida.
As crianças também estão sendo
cada vez mais ocupadas com várias tarefas em vários horários para que quando
forem adultos sejam multi-competentes para que não fiquem sem trabalho e deixem
de consumir.
Temos só um planeta Terra. Assim
não dá! Precisamos nos dar tempo para admirar o belo, cuidar com dedicação e
pensar criticamente a cerca de nossas atitudes. Hoje não temos tempo! Mas a
vida não é tão complicada. Os problemas cotidianos podem nos ensinar com a
ajuda de nossa família. A educação verdadeira vem da família, do diálogo
sincero e amoroso.
Sei que minha luta é constante para
manter meus focos quanto a minha saúde pois quem está bem consigo mesmo está equilibrado
e consequentemente bem física e mentalmente. Para isso a inteligência emocional
está em permanente avaliação. Não podemos deixar de ser vigilantes pois os erros
de toda aprendizagem são parte das engrenagens da sabedoria humana. Só não podemos cometer sempre os mesmos
vícios pois daí provamos que não estamos pensando por que estamos no “botão
automático”. Por isso analise, reavalie, repense, critique, acerte mas não
desiste de si mesmo, caso contrário quem sofre são as pessoas e seres vivos que
mais você ama e necessita.
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