Manutenção das Espécies: você é um campeão!
Texto: Débora Cristina
Schilling Machry
EMEFs Germano Sperb e Barão do Rio Branco
Como
garantir após a morte a manutenção da espécie? O fator genético explica
facilmente esta questão existencial dos seres vivos. Na reprodução sexuada o
material genético do pai se une ao material genético da mãe. O instinto de
sobrevivência se sobrepõe a possíveis desfechos inesperados. No caso do ser
humano, para conseguirmos chegar até aqui sãos e salvos foi necessário uma
série de eventos minuciosamente prepara-dos pelo sistema organizado e complexo
do organismo.
Fecundar
não é um fenômeno tão simples como parece, analise a seguinte situação: são
necessários milhões de espermatozóides para fecundar uma mulher e na maioria
das vezes nasce um único bebê. Se não fosse assim um homem poderia fecundar
milhares de mulheres num continente, e todos os seus descendentes seriam
irmãos. Irmão e Irmã com DNA semelhantes ou idênticos não podem cruzar pois
aprimoram entre muitas características as doenças hereditárias. A espécie
humana deixaria de existir pois seus pontos fracos ecoariam e anomalias seriam
mais comuns que hoje. A natureza é sábia: são necessários muitos
espermatozóides por que dentro do corpo da mulher há muita acidez, com isto
muitos gametas morrem. Aqueles que conseguem nadar até o útero, precisam ser
muito ágeis e resistentes pois há muito para nadar até as trompas. As célula
repro-dutoras microscópicas fazem o mesmo esforço de nadadores olímpicos. Mas
para conseguir fecundar o óvulo (o grande prêmio da corrida pela vida) há
necessidade de manter o foco de sobrevivência e literalmente “acertar” no
caminho bifurdado do útero o local exato,(numa das duas trompas) em que o óvulo
maturado está. Para estarmos aqui acertamos na loteria, afinal milhares de
espermatozóides competiram co-nosco pela vida. Acertado o trajeto (trompa
esquerda ou trompa direita) a corrida só termina quando o primeiro gameta
masculino penetra o gameta feminino e lá funde seu núcleo formado por 23
cromossomos com o núcleo do óvulo que também tem seus 23 cromossomos. E os
esperma-tozóides que não conseguiram entrar?Já dá para imaginar, você veio
sozinho, mas com características hereditárias de várias pessoas que deixaram na
molécula da vida dos seus progenitores uma variabilidade genética que garante a
manutenção de nossa espécie.
Neste
texto quero lembrar que estou escrevendo sobre uma gravidez que deu certo, de
um único bebê.
Todo
este processo é crítico, complicado, metódico, cada fase é crucial e muitos
casais não conseguem chegar nesta etapa e aqueles que alcançam nem imaginam que
tanto esforço foi vital para que conseguíssemos estar aqui. Somos campeões na
vida!
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